sábado, 5 de setembro de 2015

TERCEIRA PARTE!

O Rei Salomão no BRASIL, na TERRA DE OPHIR.

Cândido Costa Prossegue sua explanação lembrando que Hiram enviou ao Rei Salomão marinheiros fenícios experimentados: Como se verá mais tarde, a frota de Ophir nunca voltaria ao Mar Vermelho.

Passando pelo Cabo africano, ela se reunira no oceano Atlântico com a frota de Hiram, que saíra do Mediterrâneo.  Entre os trabalhos que tentam retirar o véu sobre a verdadeira identidade das ricas localidades bíblicas de Ophir, Parvaim e Tarschisch destacamos este do senhor Cândido Costa, publicado em 1900…





… Ele baseou-se no estudo filológico das antigas línguas européias e asiáticas, bem como a língua quichua ou dos Antis, do Peru , a qual ainda se falava, pelo menos em 1900, na Bacia superior do Rio Amazonas.



“Nos Paralípomenos, liv. 2, cap. 3, v.6, conta-se que Salomão adornou sua casa com belas pedras preciosas, e que o ouro era de Parvaim (…) Parvaim é pronuncia alterada de Paruim.

A terminação im nos dá o plural em hebraico (como em El=deus, Elohim=deuses); vem acrescentado a Paru  porque efetivamente existem, na bacia superior do rio Amazonas, no território Oriental do Peru, dois rios auríferos, um com o nome de Paru, outro com o de Apu-Paru, o rico Paru, e que unem suas águas para se confundirem no Ucayali. Os dois rios Paru e Apu-Paru fazem, no plural Paru-im.

Outro nome hebraico é o de um antigo império de nome Inin (crente ou de fé), também no Peru. O rio Amazonas, desde a embocadura do Ucayali até a foz do Rio Negro, em Manaus, se chama Solimões: não é nem mais nem menos que o próprio nome do Rei Salomão (em hebraico Solima e em árabe Suleiman), dado ao rio Amazonas pela frota do grande rei. Os cronistas da conquista do rio das Amazonas contam que a oeste da província do Pará existia uma grande tribo com o nome de Soliman, que era o nome do rio; pois na América as correntes d’água tiram seus nomes das tribos que as habitam.

Daí também os portugueses fizeram uso do nome Solimões por hábito de lingüística. Essa colônia fenícia-hebraica teve uma duração temporária assaz longa, pois as viagens trienais dos navios de Salomão e de Hiram se renovaram várias vezes. Provavelmente não foi abandonada à própria sorte senão no reinado de Josaphat, rei de Judá , no tempo em que os cartagineses não permitiam a nação alguma sair do mediterrâneo. Eis porque Josaphat quis mandar sair do Mar Vermelho para essas mesmas regiões uma frota equipada, conjuntamente com Ochozias, rei de Israel. Porém um temporal hediondo a destruiu completamente (p.116).


Localização de Tiro na Fenícia, bem à direita no mar Mediterrâneo (hoje Líbano) no mundo antigo. Passamos a Ophir, lugar tão celebrado por suas riquezas.

Devemos lembrar aqui que filólogos acreditaram poder fazer que prevalecesse o nome de Abiria por ter sido a Ophir da Bíblia. Todavia, levaremos em consideração os seguintes fatos: Primeiro, o nome da Abiria é a tradução latina do vocábulo grego sabeiria, tomado da geografia de Ptolomeu, livro 7, cap. 1. A licença do tradutor é tão grande quanto censurável.  Em segundo lugar, Sabeiria achava-se localizada na parte ocidental da Índia, que chamavam Indo-Scitia. Porém é reconhecido que a Índia , mormente na parte Ocidental, nunca produziu ouro para o comércio; pelo contrário, os egípcios e os árabes ali o traziam, para o trocar por tecidos de lã e de algodão.

Assim a hipótese de que sabeiria fosse o Ophir da Bíblia cai por terra. Estevão Quatremere também não admite que Ophir tenha sido colocado no Golfo Arábico, na Arábia feliz, nem em parte alguma da Índia, Ceilão, Sumatra, Borneo ou ponto algum do extremo oriente, pela razão muito simples de que os navios de salomão e de Hiram gastavam 3 anos e meio em cada viagem dessas.

Porém Quatremere cai no próprio erro daqueles que combate, pois que coloca Ophir em Soplah, na costa oriental da África. Para fortalecer sua hipótese, Quatremere não hesita na escolha dos meios: assim é que, por não achar pavões na África, quer que os pássaros chamados Tulens na Bíblia sejam periquitos ou picotas”. (Cândido Costa, op. Cit. p. 117).

No cap I do livro I dos Reis , v.11, acha-se escrito Ophir em língua hebraica de dois modos Apir e Aypir, e no cap. 9 , v. 28 lê-se Aypira na Bíblia. Em resumo, nada se opõe que o Aypira da Bíblia tenha vindo do nome do rio Yapur: onde o Y significa água, ou seja, “água ou rio de Apir ou Ophir”. Eis porque a região de Ophir é essa que atravessa o rio Yapurá, HOJE CONHECIDO COMO O RIO JAPURA, houve a troca do Y pelo J, que em hebraico são a mesma letra.

“O desaparecimento das frotas de Salomão e Hiram por 3 anos, a cada viajem que faziam, se acha agora explicada, pois elas estacionavam no rio que tinha o nome do Grande Rei. Se estas compridas estações, várias vezes repetidas, houvesem sido feitas em qualquer ponto do antigo continente, a tradição ou a história não teriam deixado de no-la transmitir.





O rio Japurá/Yapurá, em DESTAQUE EM amarelo, no mapa acima, um afluente do rio SOLIMÕES, o lendário rio bíblico de onde os fenícios e os hebreus obtiveram os metais preciosos, aves raras e madeiras nobres para a construção do Templo de Salomão em Jerusalém.


As várias viagens trienais com exceção de uma só, não se referem a Ophir, pois todas se fizeram para Tarschisch. David recebia pelos fenícios o ouro de Ophir, e a frota construída no tempo de Salomão para o mesmo destino saiu do Mar Vermelho, onde nunca mais entrou.  Fez sua junção no oceano Atlântico com a de Hiram, a qual saiu do Mediterrâneo; e ambas tomaram depois, da única viagem em que foram juntamente a Ophir, o nome da frota de Tarschisch (Alta Amazônia, hoje na divisa com o PERU, onde o rio Amazonas é conhecido como RIO SOLIMÕES !!)), segundo o texto hebraico, e o da frota da África, segundo o texto caldáico”.(Cândido Costa p.120 a 124)

(Livro I Reis 9,10,11,22, e Paralipomenos liv2, cap.9 v.21 v. 10,11)

-Segundo a Bíblia, “Salomão conhecia todas as sabedorias do Egito (que eram derivadas de Atlântida). Em 960 a.C., Salomão começa a construção do templo de Jerusalém;

-Patrocinados por Salomão, os fenícios se tornaram os primeiros dominantes do mar, abrindo agências comerciais por toda parte: Creta, Malta, Sicília, Cartago, Cádiz, Marselha, Inglaterra e Países Nórdicos;

-Salomão tornou-se o homem mais rico do mundo durante o seu reinado. Tinha 700 mulheres e 300 concubinas;

-Em 930 a.C. ocorreu a cisão do reino hebreu entre Judá e Israel. Foi um período de constantes lutas internas entre Judá e as tribos do Norte;

-A situação chegou a tal ponto que Jeroboam, Ben-Nebat, seu filho, tentou um Golpe de Estado.

-Em 928 a.C. morre o Rei Salomão e assume Rehoboam, seu filho, que, por falta de tato político, fracassa o acordo com as tribos de Israel. Jeroboan refugia-se no Egito (Delta do Nilo), onde o Faraó Seshonki o recebe na corte dando como esposa uma de suas filhas.

-O ambiente torna-se propício para o retorno de Jeroboam, apoiado pelo Faraó que retorna e é aclamado Rei de Israel. A Rehoboam fica as tribos de Judá e Benjamim, com as quais Rehoboam funda o Reino de Judá, tomando por capital, Jerusalém. E desde então as terras de Ophir e suas riquezas entram no esquecimento do povo de Israel.


Acima Uma moeda fenícia encontrada no litoral brasileiro.
AS INSCRIÇÕES FENÍCIAS NA PARAíBA:

Em 1872, na Paraíba, descobriu-se uma pedra que trazia uma inscrição de oito linhas, cujos caracteres com muita evidência não pertenciam às culturas conhecidas da América do Sul. Em 1874, a inscrição mereceu a atenção do professor Ladislau Neto , do Museu Nacional do Rio de Janeiro .  Nem o professor Neto nem qualquer outro sábio brasileiro parece ter-lhe concedido uma atenção muito séria. Todavia ela veio a ser conhecida na Europa onde a analisaram infatigáveis eruditos alemães. Foi inicialmente julgada de origem fenícia. Mais tarde, a filologia  alemã afastou-a como não-fenícia.

Aparentemente a pedra se perdeu, mas a inscrição permaneceu em cópia. Agora a controvérsia reacendeu-se . Apareceu um novo protagonista sustentando a origem fenícia da inscrição. Ë o Dr. Cyrus H. Gordon da Universidade Brandeis ( de Waltham , Massachusetts). Dois fatores surgiram para reascender a controvérsia:

Um provém de que novas descobertas na escrita fenícia demonstram, segundo o Dr. Gordon, que o uso das palavras na inscrição da pedra da Paraíba está correto, contrariamente aos juízos anteriores  bem menos informados.

O outro fato foi a descoberta, pelo Dr. Jules Piccus , da Universidade de Massachusetts, em Amberst, de uma caderneta de notas que pertencera a Willbeforce Eames, um dos administradores ( ou conservadores-chefe) da New York Public Library , do século XIX .  Nesta caderneta encontrava-se uma carta de 31 de janeiro de 1874, destinada a Mr. Eames pelo professor Neto.

O Dr. Piccus mostrou esta carta ao Dr. Gordon. Este concluiu daí que a transcrição dos caracteres na carta era mais plausível que a versão “definitiva” precedente, publicada em 1899.  A seguir um barco fenício Trirreme Carpássio, para viagens oceânicas de longo curso, um modelo dos tantos barcos fenícios existentes no século X a.C.


Acima um grande navio de longo curso, um Trirreme fenício tipo Carpássio, para viagens oceânicas de longo curso, um modelo dos tantos barcos fenícios existentes já no século X a.C., época próxima à que reinou Salomão em Israel.
Enquanto que o professor Frank  M. Cross de Harvard continua a estigmatizar a inscrição como uma “falsificação” do século XIX”, o Dr. Gordon sustenta que o uso de uma terminologia desconhecida dos arqueólogos, no momento de sua descoberta, comenta que esta não é uma prova  forjada.

A controvérsia prosseguiu, portanto, até o momento, sem prestar atenção visível a outras inscrições tidas por fenícias encontradas no Brasil.  Igualmente em 1872, um engenheiro chamado Francisco Pinto dizia ter descoberto inscrições em mais de 20 cavernas na selva brasileira;  ao todo cerca de 250 inscrições. À convite do governo brasileiro, o filólogo alemão, Ludwig Schoenhagen veio ao Brasil, estudou as inscrições durante 15 anos e declarou-as fenícias.  Nos anos de 1880, o francês Ernest Renan afirma também ter descoberto outras inscrições fenícias.

No início deste século, um industrial afastado de seus negócios, Bernardo da Silva Ramos, pretendeu ter descoberto mais de 2.800 inscrições em pedras ao longo do curso do Amazonas. Um rabino de Manaus declarou que, em sua opinião, estas inscrições eram fenícias. As obras ou artigos de Bernardo Ramos a respeito deste assunto parecem, em verdade, ter sido ignoradas.

Considera-se, geralmente, que os fenícios também atingiram o Arquipélago dos Açores. Em Corvo, a mais ocidental destas ilhas , afirma-se que se teriam descoberto moedas cartaginesas ( em 1749); rumores persistentes, embora obscuros da existência de ruínas fenícias; descoberta feita, quando os portugueses aí chegaram, de “uma estátua eqüestre apontando para o Ocidente” a qual, sendo verdadeira, foi destruída após muito tempo.

Consideremos que conviria prestar atenção nestas possíveis confirmações da presença fenícia no Novo Mundo. Extratos de “Autenticidade do texto fenício da Paraíba” , pelo Dr. Cyrus H. Gordon da Universidade Brandeis , nos Orientalis de Roma , vol. 37 ( 1968 ) pág. 75. As singularidades lingüísticas que lançaram dúvidas sobre o texto vêm, pelo contrário, apoiar sua autenticidade. Nenhum falsário conheceria suficientemente as línguas semíticas para compor tal documento, não cometendo erros senão aparentes. Agora que um século se passou, é evidente que texto é autêntico, porque   inscrições fenícias, ugaríticas e em outras línguas semíticas do noroeste, põe-nos frente aos mesmos “erros”.

Å demonstração  da  autenticidade  da  inscrição da Paraíba não significa que todos os problemas estejam resolvidos e que todas as palavras e  todas as construções de frases estejam definitiva e perfeitamente interpretadas.  Todavia, o texto não é mais difícil nem mais anormal que o resto do texto fenício conhecidos. A importância desta inscrição provém de sua significação histórica. Uma ilustre estudiosa de assuntos colombianos declarou no começo deste século:


Tradução da inscrição fenícia (acima) de Pouso Alto, na Paraíba, que diz: “Somos filhos de Canaã, de saída, a cidade do rei. O comércio nos trouxe a esta distante praia, uma terra de montanhas. Sacrificamos um jovem aos deuses e deusas exaltados no ano de 19 de Hiram, nosso poderoso rei.


Embarcamos em Ezion Geber, no Mar Vermelho, e viajamos com 10 navios. Permanecemos no mar juntos por 2 anos, em volta da terra pertencente a Ham (África), mas fomos separados por uma tempestade, nos afastamos de nossos companheiros e, assim, aportamos aqui: 12 homens e 3 mulheres. Numa nova praia que eu, o almirante, controlo. Mas auspiciosamente possam os exaltados deuses e deusas intercederem em nosso favor”


“[ . . . ] o papel dos fenícios como intermediários  da civilização antiga foi maior do que se supôs, e [ . . . ] as Américas devem ter sido colonizadas intermitentemente por intermédio destes navegadores mediterrânicos ‘ ‘ (Zealia Nuttall,

“Os princípios fundamentais das civilizações do Antigo e Novo Mundos”, Peabody Museum, Cambridge, Massachusetts,  1901).  Em sua obra de mais de 600 páginas ela nem sequer menciona o texto da Paraíba, que fora condenado como falso.

Mas a crescente massa  de provas que confirma esta tese, isolada no ostracismo, não deixa nenhuma dúvida quanto à justeza de sua conclusão, como acabamos de expor.  Sua aceitação pelos americanistas e historiadores deverá preceder-se pelo reconhecimento da autencidade da inscrição da Paraíba pelos semitistas. E tudo o mais se ajustará. (O Dr. Gordon talvez seja  otimista demais quanto a coisas que se ajustam por si mesma, especialmente se americanistas e historiadores imaginarem-se humilhados por um simples lingüista… infelizmente os ciúmes entre disciplinas diferentes não é desconhecido. Em todo caso, aguardemos que se ajustem as partes.)

O boletim New  World Antiquity ( Marham House Press Ltd, Brighton , Inglaterra )  assinala em seu número de setembro / outubro de 1971, a obra ” The Parayba Phoenican Inscription, publicado por seu autor, Mr. Joseph Ayoob  (Aliquippa, Pa LTSA, 1971) , que é a tradução em inglês de seu livro intitulado Sakhrat Parayba ,  publicado em Beirute em 1961. Encontra-se aí esta nova tradução da inscrição:



Tradução: “Demos sepultura (ao) filho de Canaã vindo SRNM ( Surinam), cidade em ruínas e um entreposto abandonado.  Não eu, YZD (Yazid) , o gravador do meio-dia e os homens que procuram a melhor de todas as coisas.  E assim aos décimo nono anos de HRMl (Hiram), nosso rei morreu. (Tínhamos ) deixado alegremente  ASU  (Azion-Geber num porto no Mar Vermelho e levantamos  vela com dez navios.



Aí todos desapareceram para mim.  De súbito, desapareceram : Hor e Chittim (nomes de navios) foram lançados sobre esta terra maldita : calor:  Mir , Baal e Lan (navios) que vogavam em comboio, talvez tenham escapado às intempéries.  Morreram vindas KSHN, 6 pessoas de um MBAYH (6 kuchitas de MBEYE), R (Rab, o capitão) e mais 10 pessoas pereceram.  As perdas por mim e (mas) porque pelo (meu) camarada HNNA (Hanno).”

Acrescentamos que no número de abril de 1971, o New World Antiquity já havia publicado três outras traduções diferentes da inscrição da Paraíba  vêem-se as numerosas  armadilhas que espreitam mesmo os tradutores mais experimentados e, também, porque é difícil ter uma completa certeza.

SEGUNDA PARTE

O Rei Salomão no BRASIL, na TERRA DE OPHIR, parte 1

 Se parece estranho a você o conhecimento de terras a Ocidente/Oeste da Europa e África antes de Colombo, é por pura desinformação histórica (deliberadamente feita pelo sistema, pois quanto mais ignorante nós formos melhor para quem nos controla).

 O historiador brasileiro Cândido Costa escreveu já em 1900: “Diodoro de Sicília (90-21 a.C.), 45 anos antes da Era Cristã, escreveu grande número de livros sobre os diversos povos do mundo; em seus escritos, designa claramente a América com o nome de ilha, porque ignorava sua extensão e configuração. Essa expressão de ilha é muitas vezes empregada por escritores da antiguidade para designarem um território qualquer …



… Assim vimos que Sileno chama ilhas à Europa, Ásia e África. Na narração de Diodoro, não é possível o engano quando ele descreve a ilha de que falamos: “Está distante da Líbia (ou seja, da África) muitos dias de navegação, e situada no Ocidente (a Oeste da África). Seu solo é fértil, de grande beleza e regado de rios navegáveis“. Esta circunstância de rios navegáveis não se pode aplicar senão a um continente, pois nenhuma ilha do oceano tem rios navegáveis. Diodoro continua dizendo:

“Ali, vêem –se casas suntuosamente construídas”; sabemos que as Américas possuem belos edifícios em ruínas e da mais alta antiguidade.  “A região montanhosa é coberta de arvoredos espessos e de árvores frutíferas de toda espécie. A caça fornece aos habitantes grande número de vários animais; enfim, o ar é de tal modo temperado que os frutos das árvores e outros produtos ali brotam em abundância durante quase todo o ano.”

Esta pintura do país e do clima por Diodoro se refere de todo o ponto à América do Sul equatorial. Este historiador conta depois como os Fenícios (re)descobriram aquela região:

“Os Fenícios tinham-se feito à vela para explorarem o litoral situado além das colunas de Hércules (o atual Estreito de Gibraltar, saída do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico entre Espanha e a África); e, enquanto costeavam a margem da Líbia (África) foram lançados por ventos violentos mui longe do oceano.

Batidos pela tempestade por muitos dias (como Cabral mais tarde…também foram levados por correntes oceânicas), abordaram enfim na ilha de que falamos. Tendo conhecido a riqueza do solo, comunicaram sua descoberta a todo o mundo. Portanto os Tyrrhenios (outra tradução chamam aos Fenícios de Tyrios, por causa de sua principal cidade e Porto:TIRO)

“Poderosos no mar, quiseram também mandar uma colônia ; porém foram impedidos pelos Cartagineses, que receavam que um demasiado número de seus concidadãos, atraídos pelas belezas desta ilha, desertasse na praia.”  (“Cândido Costa , As Duas Américas, 1900 (pp.108 – 109, citado em Arthur Franco, A Idade das Luzes, Wodan, 1997, p. 113”).

Nota: os Fenícios são oriundos do território hoje conhecido como o LÍBANO, ao norte de Israel.



Esta descrição coincide com os relatos do que ocorreu com a frota de Cabral 2.500 anos depois, desviada pelas mesmas correntes até o continente do Brasil (não por acaso pois que Cabral já “sabia” o que iria encontrar assim como tinha conhecimento prévio das correntes). Na descrição mais completa do texto do historiador romano vemos com exatidão a descrição do continente sulamericano há 2000 anos atrás:

“No mais profundo da Líbia (África), há uma ilha de considerável tamanho que, situada como está no oceano, se acha a vários dias de viagem a oeste da Líbia (África). Seu solo é fértil pois, ainda que montanhosa, conta com uma grande planície (referência ao planalto central).

” Percorrem-na rios navegáveis que se utilizam para a irrigação , e possui muitas plantações de árvores de todos os tipos e jardins em abundância, atravessados por correntes de água doce e também há mansões de dispendiosa construção, e nos jardins construíram-se refeitórios entre as flores.

Ali passam o tempo seus habitantes durante o verão, já que a terra proporciona uma abundância de tudo quanto contribui para a felicidade e o luxo. A parte montanhosa da ilha está coberta de densos matagais de grande extensão e de árvores frutíferas de todas as classes, e para convidar os homens a viverem entre as montanhas. Há grande número de  vales  acolhedores e fontes de água. Em poucas palavras, esta ilha está bem provida de poços de água doce que não só se convertem num deleite para quem ali reside senão também para a saúde e vigor de seu corpo.

 cristo-redentor-rio-bandeira brasil

 “Há igualmente excelente caça de animais ferozes e selvagens de todo o tipo e os habitantes, com toda essa caça para as suas festas, não carecem de nenhum luxo nem extravagância. Pois o mar que banha as costas da ilha contém uma multidão de peixes, e o caráter do oceano é tal que tem em toda sua extensão peixes em abundância, de todas as classes.

 Falando em geral, o clima desta ilha é tão benigno que produz grande quantidade de frutos nas árvores e todos os demais frutos da estação durante a maior parte do ano, de modo que parece que a ilha, dada sua condição excepcional, é um lugar para uma raça divina , não humana.  (n.T. referência ao surgimento da sétima raça, no planalto central do Brasil, a raça dourada, que já esta em pleno florescimento...)

Na antiguidade, esta ilha estava encoberta do conhecimento dos povos devido à sua distância do mundo habitado, mas foi descoberta mais tarde pela seguinte razão:

“Os fenícios comerciavam desde muito tempo com toda Líbia (o norte da África) e muito o fizeram também com a parte Ocidental da Europa. E como suas aventuras resultaram exatamente de acordo com suas esperanças , acumularam uma grande fortuna e planejaram viajar além das colunas de Hércules (o estreito de Gibraltar, porta de saída do Mediterrâneo para o Oceano Atlântico), para o grande mar que os homens chamam de oceano.



E, em primeiro lugar , à saída do estreito, junto às colunas de Hércules, fundaram uma cidade nas costas da Europa, e como a terra formava uma península chamaram à cidade por Gadeira (Cádiz, na hoje Espanha, já de frente para o Oceano Atlântico). Nelas construíram muitas obras adequadas à natureza da região , entre as quais se destacava um rico templo de Hércules (Melkarth), e ofereceram magníficos sacrifícios que eram conduzidos segundo o ritual fenício”…(p.114).

Quanto ao porte dos navios para semelhantes viagens naquela época, as trirremes fenícias em nada deviam às caravelas de vinte cinco séculos mais tarde. Seu comprimento podia atingir de sessenta a setenta metros, comportando até cento e oitenta remadores e uma tripulação de duzentos a trezentos soldados e marinheiros.

Pouco se comenta do esplendor das naus gregas ou romanas, mas não se pode negar que Erik, o vermelho e seu filho, Leif Erikson, seguiram estes antigos passos até mesmo no estilo de seus Knerrir (transatlânticos) e Knorr (navios menores que comportavam os colonos), no século X d.C., vencendo mares tão perigosos como os do Atlântico norte para atingir a Vinland, nome que deram às terras onde aportaram, na América do Norte entre o Canadá e os Estados Unidos em torno do ano 1.000 de nossa era !!!


Acima: O misterioso mapa de Piri Reis, Almirante turco, que é um documento autêntico e não uma contrafação de qualquer tipo, foi desenhado em Constantinopla no ano de 1513 d.C. e mostra com exatidão todo o litoral leste da América do Sul, também mostra a costa ocidental da África e a costa norte da Antártida “SEM A SUA ESPESSA (em algumas regiões, atinge 4 mil metros de espessura) COBERTURA DE GELO ATUAL”, sendo que esse continente só foi “descoberto” oficialmente em 1818, 305 anos APÓS a confecção do mapa??!! A costa livre de gelo da Terra da Rainha Maud na Antártida mostrada no mapa constitui um quebra-cabeça colossal, uma vez que a prova geológica confirma que a data mais recente em que poderia ter sido inspecionada e mapeada, em um estado de ausência de gelo, foi no ano 4000 a.C. A existência desse mapa comprova que os povos antigos tinham um conhecimento de todos os continentes muito maior do que acadêmicos e eruditos de hoje estão dispostos a aceitar. Esse mapa provavelmente é cópia de outros mapas muito mais antigos.
Segundo Cândido Costa, em sua obra de 1900:

“Num escrito de Aristóteles (De Mirab. Auscult. Cap. 84) diz-se que foi o receio de ver os colonos sacudirem o jugo da metrópole cartaginesa e prejudicarem o comércio da mãe pátria que levou o senado de Cartago a decretar pena de morte contra quem tentasse navegar para esta ilha. Aristóteles descreve também uma região fértil, abundantemente regada e coberta de floresta, que fora descoberta pelos cartagineses além do Atlântico (p. 115)

A participação ampla dos fenícios no conhecimento das terras ocidentais explica a grande participação dos hebreus nas grandes navegações. Desde o tempo de Salomão, as casas de Hiram, deTiro, na Fenícia e do grande soberano hebreu se uniu de tal forma que a construção do Templo de Jerusalém foi feita por arquitetos e pedreiros fenícios, e as misteriosas viagens para descobrir ouro e madeiras para a construção do templo foram feitas conjuntamente.


Acima um grande navio de longo curso, um Trirreme fenício tipo Carpássio, para viagens oceânicas de longo curso, um modelo dos tantos barcos fenícios existentes já no século X a.C., época próxima à que reinou Salomão em Israel.
Este vasto conhecimento adquirido dos fenícios pelos hebreus  (n.T.: que os Cavaleiros Templários viriam a descobrir no começo do século XII quando escavaram o Monte do Templo durante dez anos ininterruptos) sobre a ciência da navegação e da construção naval dos fenícios não passou desapercebido por alguns soberanos europeus à época da diáspora, especialmente D. Manuel, de Portugal.

Em 1412 foi fundada a escola de Sagres, primeira academia portuguesa de navegação e construção naval. Portugal, nesta época, tonara-se o último reduto dos judeus na Europa, assim como e principalmente dos Cavaleiros Templários quando houve a sua extinção em 1.314. A proteção concedida pelos soberanos portugueses aos judeus e principalmente aos Cavaleiros Templários, visava declaradamente atrair os largos conhecimentos deles e dos judeus nas matemáticas, na geografia e na astronomia, (o principal navegador do cavaleiro Templário da Ordem de Cristo Pedro Álvares Cabral era um judeu) para calcar os grandes desenvolvimentos levados a cabo nas pesquisas náuticas para lançar Portugal como potência marítima mundial.  O conhecimento das terras do Brasil por Salomão e por Hiram (rei da Fenícia), ainda no século X a.C. conforme a explanação feita por Cândido Costa , é difícil de ser refutada.

As Inscrições Fenícias na Bahia, no Rio de Janeiro (na Pedra da Gávea) e na Paraíba.

Entre 1000 a.C. a 700 a.C., período da colonização fenícia no Ocidente, na direção de Cartago, Malta, Sardenha e Espanha. Vários documentos em pedra encontradas no Brasil e nos EUA, por exemplo, atestam a expansão Fenícia no Ocidente. As inscrições em Pouso Alto, no Estado da Paraíba, são constantes, de pedra lavrada, segundo Cândido Costa, foi submetida ao juízo do sábio orientalista francês Ernesto Renam, sendo por ele considerada de origem fenícia,conforme se vê a seguir:



 Tradução da inscrição fenícia (acima) de Pouso Alto, na Paraíba, que diz:

“Somos filhos de Canaã, de saída, a cidade do rei. O comércio nos trouxe a esta distante praia, uma terra de montanhas. Sacrificamos um jovem aos deuses e deusas exaltados no ano de 19 de Hiram, nosso poderoso rei.

Embarcamos em Ezion Geber, no Mar Vermelho, e viajamos com 10 navios. Permanecemos no mar juntos por 2 anos, em volta da terra pertencente a Ham (África), mas fomos separados por uma tempestade, nos afastamos de nossos companheiros e, assim, aportamos aqui: 12 homens e 3 mulheres. Numa nova praia que eu, o almirante, controlo. Mas auspiciosamente possam os exaltados deuses e deusas intercederem em nosso favor”

Abaixo a localização de Ezion Geber, no Golfo de Ácaba, na Península do Sinai.



Outros detalhes sobre a vinda dos povos semitas para o Ocidente do ano 970 a.C. a 900 a.C.

{n.T. Na Bíblia esta escrito: “Também as naus de Hiram, que de Ofir levavam ouro, traziam de Ofir muita madeira de almugue, e pedras preciosas. E desta madeira de almugue fez o rei balaústres para a casa do SENHOR, e para a casa do rei, como também harpas e alaúdes para os cantores; nunca veio tal madeira de almugue, nem se viu mais até o dia de hoje“.  1 Reis 10:11-12

“Também todas as taças de beber do rei Salomão eram de ouro, e todos os vasos da casa do bosque do Líbano eram de ouro puro; não havia neles prata, porque nos dias de Salomão ela não tinha valor algum. Porque o rei tinha no mar as naus de Társis, com as naus de Hiram; uma vez a cada três anos voltavam as naus de Társis, e traziam ouro e prata, marfim, e bugios, e pavões. Assim o rei Salomão excedeu a todos os reis da terra, tanto em riquezas como em sabedoria“.  1 Reis 10:21-23}

Assume Hiram, o grande rei de Tiro (970 – 936), aliado de Davi e Salomão. Em 965 a.C, Salomão assume o trono de Israel. No seu reinado um fato extraordinário originou concretamente a ligação perene que teria o Ocidente com os mistérios Bíblicos; a construção do Templo de Jerusalém.



Um cálice de ouro do tempo de Salomão que poderia ter sido feito com metal obtido no Brasil(Ofir/Társis)

Curiosamente tudo indica ter sido da América do Sul de onde saíram os materiais exóticos, metais e pedras preciosos, necessários à construção do templo de Salomão. Como se não bastasse o acesso físico aos materiais – ouro, pedras preciosas, madeiras nobres e especiais, animais exóticos, etc, os fenícios também foram os próprios construtores do templo, contratados por Salomão.  Quanto ao conhecimento do continente americano, os Fenícios e outros povos antigos  já davam notícias há muito tempo da existência desse continente.

Tal como ocorreu no início do século XIX com as grandes migrações de italianos e alemães para a América, as antigas populações que tinham notícia da existência deste paraíso terrestre facilmente se viam tentadas a emigrar das desoladas e assoladas regiões em que viviam.

Abaixo as inscrições encontradas na Pedra da Gávea, marcadas na foto a seguir em amarelo, escritas em fenício arcaico:





Em 1963 um arqueólogo e professor com habilidades linguística  chamado Bernardo A. Silva Ramos traduziu as inscrições fenícias existentes na cabeça da Pedra da Gávea que seria nada mais nada menos do que uma esfinge fenícia! (Inscrições são vistas assinaladas em amarelo na  têmpora direita da “cabeça” na Pedra da Gávea) como:

LAABHTEJBARRIZDABNAISINEOFRUZT,

Que significa:

TZUR FOENISIAN BADZIR RAB JETHBAAL

Ou: TIRO, FENÍCIA, BADEZIR PRIMOGÊNITO DE JETHBAAL

No texto da Bíblia, no livro de 1 Reis, Cap. XVI encontramos menção a Jethbaal (assim chamado no texto dos Setenta) e Ethball neste versículo: “31 …..ainda mais tomou por mulher a Jezabel, filha de Ethbaal, rei dos sidônios. E foi e serviu a Baal (Lúcifer/Marduk), e o adorou”.

Jethbaal reinou sobre Tyro na Fenícia ou Phoenicia entre 887 a 856 a.C. e seu filho mais velho o sucedeu em 855 a.C., e chamava-se BADEZIR e por “alguma razão” abandonou o seu reinado juntamente com dois filhos gêmeos após seis anos no poder, deixando para sucedê-lo seu outro filho Mattenes que governou Tyro até o ano 821 a.C..

“O Rei David, quando morreu, deixou a Salomão para a construção do templo 7.000 talentos de prata e 3.000 talentos de ouro oriundos de Ophir. O velho rei não possuía nenhum navio que navegasse nos mares exteriores. Recebia, pois, o ouro de Ophir pelo comércio com os fenícios, os quais, segundo a Bíblia, conheciam todos os mares. Salomão, para por em execução seus grandes projetos, recorreu a Hiram, rei dos fenícios. Chegou a interessá-lo nas suas empresas e a contratar com ele aliança sólida.

O receio de excitar a susceptibilidade e curiosidade dos povos do Mediterrâneo foi sem dúvida o motivo que decidiu Salomão a construir em Ezion-Gaber, no Mar Vermelho, os navios que destinava às viagens para Ophir (pois as colunas de Hércules estavam fechadas aos gregos pelos Cartagineses e o comércio para o Atlântico era muito vigiado”.

ESTUDO DO BRASIL

O misterioso e incrível Mapa de Piri Reis

     Em 9 de novembro de 1929, enrolado em uma prateleira empoeirada do famoso Museu Topkapi, em Istambul, na Turquia, dois fragmentos de mapas foram encontrados. Tratava-se das cartas de um almirante turco, Piri Reis, célebre herói (para os turcos) e pirata (para os europeus), que nos deixou um extraordinário livro de suas memórias intitulado Bahrye, onde ele relata como preparou estes espantosos mapas.




Nome completo: Hadji Muhiddin Piri Ibn Hadji Mehmed, Reis/Rais é a palavra árabe para a função de capitão de uma embarcação.




Sua obra já era conhecida há muito tempo, mas somente adquiriu importância após a descoberta de tais cartas, ou melhor, após as cartas e o livro terem sido confrontados e averiguados sua veracidade. Descendente de uma tradicional família de marinheiros, suas façanhas contribuíram para manter alto no Mediterrâneo o prestígio da marinha turca. Em sua obra são descritas em detalhes as principais cidades daquele mar e apresenta ainda 215 mapas regionais muito interessantes. Afirma ainda em sua obra que: “a elaboração de uma carta demanda conhecimentos profundos e indiscutível qualificação”.

No prefácio de seu livro Bahrye, Piri Reis descreve como se baseou e preparou este tão polêmico mapa, na cidade de Galipóli, entre 9 de março e 7 de abril de 1513. Declara aí que para fazê-las estudou todas as cartas existentes de que tinha conhecimento, “algumas delas muito antigas e secretas”. Eram mais de 20, “inclusive velhos mapas orientais de que era, sem dúvida, o único conhecedor na Europa”.

Piri Reis era um erudito, e o conhecimento que tinha das línguas espanhola, italiana, grega e portuguesa, muito o auxiliou na confecção das cartas. Possuia inclusive um mapa desenhado pelo próprio Cristóvão Colombo, carta que conseguira através de um membro de sua equipe, que fora capturado por Kemal Reis, tio de Piri Reis. Os mapas de Piri Reis são uma preciosidade ilustrada com imagens dos soberanos de Portugal, da Guiné e de Marrocos.

Na África, um elefante e um avestruz; lhamas na América do Sul e também pumas. No oceano, ao longo dos litorais, desenhos de barcos. As legendas estão grafadas em turco. As montanhas, indicadas pela silhueta e o litoral e rios, por linhas espessas. As cores são as convencionalmente utilizadas: partes rochosas marcadas em preto, águas barrentas ou pouco profundas por vermelho.



A princípio não lhes foram atribuídas o devido valor (como sempre ao longo dos tempos a prepotência humana prevalece). Em 1953, porém, um oficial da marinha turca enviou uma cópia ao engenheiro-chefe do Departamento de Hidrografia da Marinha Americana, que alertou por sua vez Arlington H. Mallery, um especialista em mapas antigos. Foi então quando o “caso” das cartas de Piri Reis veio à tona.

Mallery fez estudar as cartas por algumas das maiores autoridades mundiais do assunto, como o cartógrafo I. Walters e o especialista polar R. P. Linehan. Com a ajuda do explorador sueco Nordenskjold e de Charles Hapgood e seus auxiliares, chegaram a uma conclusão sobre o sistema de projeção empregado nos mapas que fora então confirmada por matemáticos: embora antigo, o sistema de Piri Reis era exato.

Além disso, o mapa traz desenhado, na parte da América Latina, algumas lhamas, animais desconhecidos na Europa, àquela época. Também as posições estão marcadas corretamente, quanto à sua longitude e latitude.

O mais impressionante é que até o século 18, os navegadores corriam risco de que seus barcos batessem em litorais rochosos, pois lhes faltava algo. A capacidade de calcular a longitude. Para isso necessitavam de um relógio extremamente preciso. Somente em 1790 o primeiro relógio marinho preciso foi inventado e os navegadores puderam saber sua posição nos mares.

Comparado a outras cartas da época, o mapa de Piri Reis as supera em muito. A análise das cartas de Piri Reis esbarrou em outra polêmica: se tudo ali aparece representado com notável exatidão, então como explicar as formas das regiões árticas e antárticas, diferentes das da nossa era? O resultado das pesquisas é incrível. As indicações cartográficas de Piri Reis mostram a conformação das regiões polares exatamente como estavam à mostra antes da última glaciação.

E de maneira perfeita. Confrontando as indicações dos mapas com os levantamentos sísmicos realizados na região em 1954, tudo batia em perfeita concordância, exceto por um local, o qual Piri Reis indicava por duas baías e o mapa recente, terra firme. Realizados novos estudos, verificou-se que Piri Reis é que estava certo. O estudioso soviético L. D. Dolgutchin julga que as duas cartas foram elaboradas após a derradeira glaciação terrestre, com o auxílio de instrumentação avançada; o que nada nos esclarece.Estes mapas não são feitos como os mapas modernos, com grades verticais e horizontais para facilitar a localização.

O método utilizado é mais antigo, aperfeiçoado por Dulcert Portolano, que utilizava uma série de círculos com linhas se irradiando a partir deles. Os mapas feitos com esse método são, por isso, denominados de mapas “portulanos”. Seu objetivo era guiar os navegadores de porto a porto, ao contrário da concepção moderna que é a de localizar uma posição.



Reprodução do Mapa de Piri Reis

Com isso, fica mais difícil comparar as características do mapa de Piri Reis com os mapas modernos.

As distorções que aparecem nas ilustrações existem apenas em uma interpretação linear, sobre uma mesa de superfície plana, mas, ajustando os mapas ao globo terrestre desaparecem as incorreções e tudo, mares, ilhas, ficam em seu lugar. Como se o mapa múndi tivesse sido feito em nossos dias, baseando-se em uma só fotografia a grande altitude.

Levando-se em conta a história como nos é contada e aos conhecimentos que temos em mãos, fica a pergunta: de onde vieram estes instrumentos e como existiriam tais instrumentos antes de Colombo?

A resposta deve estar nos “mapas antigos e secretos” que ele usou como orientação para suas cartas. Estudos mostram que a glaciação dos pólos ocorreu depois de uma época situada aproximadamente entre 10.000 anos atrás (o correto seria dizermos 13.000 anos, ou seja o dilúvio aconteceu cerca de 11.000 ac).

Naquela época, o que havia de mais civilizado, segundo os historiadores clássicos, eram os Cro-Magnon da Europa. Além disso, Mallery chama atenção de que para elaborar um mapa como aquele, Piri Reis precisaria de toda uma equipe perfeitamente coordenada e de levantamento cartográfico aéreo. Mas quem teria, naquela época, aviões e serviços geográficos?

O mistério continua: de onde vieram estes mapas? Quem cartografou o globo com uma acuidade que mal podemos conseguir hoje? Leia a carta a seguir e reflita a respeito do assunto:

Um Mapa de Lugares Ocultos

8° ESQUADRÃO DE RECONHECIMENTO TÉCNICO (ERC) – FORÇA AÉREA DOS ESTADOS UNIDOS
Base de Westover da Força Aérea – Massachusetts – 6 de julho de 1960

ASSUNTO: Mapa-múndi do almirante Piri Reis
Para: Professor Chartes H. Hapgood.
Keene College – Keene, New Hampshire

Prezado professor Hapgood,

Sua solicitação, no sentido de que fossem avaliados por esta unidade certos aspectos inusitados do mapa-múndi Piri Reis, datado de 1513, foi objeto de reexame.
A alegação de que a parte inferior do mapa mostra a costa Princesa Martha, da Terra da Rainha Maud, na Antártida, e a península Palmer, é razoável. Julgamos ser essa a interpretação mais lógica e, com toda probabilidade, correta do mapa.
Os detalhes geográficos mostrados na parte inferior do mapa concordam, de forma notável, com os resultados do perfil sísmico, levantado de um lado a outro da calota polar, pela Expedição Sueco-Britânica à Antártida, realizada em 1949.
Os resultados indicam que a linha costeira foi mapeada antes de ser coberta pela calota polar.

A calota polar nessa região tem atualmente uma espessura de cerca de 1.600 (a 4.000) metros de (espessura) altitude. Não temos idéia de como os dados constantes do mapa podem ser conciliados com o suposto estado dos conhecimentos geográficos em 1513.

HAROLD Z. OHLMEYER
Ten.-Cel., Força Aérea dos EUA
Comandante

A despeito da linguagem destituída de emoção, a carta de Ohlmeyer é uma bomba. Se a Terra da Rainha Maud foi mapeada antes de ser coberta pelo gelo, HOJE com uma camada de 1.600 metros, o trabalho original de cartografia deve ter sido feito em um tempo extraordinariamente remoto. Há quanto tempo, exatamente?

De acordo com o saber convencional, a calota polar da Antártida, em sua atual forma e extensão, têm milhões de anos. Um exame mais atento, porém, revela que essa idéia apresenta graves falhas – tão graves que não precisamos supor que o mapa desenhado pelo almirante Piri Reis mostre a Terra da Rainha Maud como era há milhões de anos. A melhor prova recente sugere que a Terra da Rainha Maud e as regiões vizinhas mostradas no mapa passaram por um longo período livres de gelo, período que talvez não tenha terminado inteiramente até cerca de seis mil anos atrás.

Essa prova, que voltaremos a examinar no capítulo seguinte, evita-nos a tarefa ingrata de explicar quem (ou o quê) dispunha da tecnologia necessária para efetuar um levantamento geográfico preciso da Antártida há, digamos, dois milhões de anos a.C., muito antes de nossa espécie surgir na Terra.

Pela mesma razão, uma vez que a confecção de mapas é uma atividade complexa e civilizada, obriga-nos a explicar como uma tarefa dessa natureza poderia ter sido realizada há seis mil anos, muito antes do aparecimento das primeiras civilizações autênticas reconhecidas por historiadores.

Fontes Antigas:

Ao tentar essa explicação, é importante lembrar os fatos históricos e geográficos básicos:

1. O mapa de Piri Reis, que é um documento autêntico e não uma contrafação de qualquer tipo foi desenhada em Constantinopla no ano 1513 d.C.

2. O mapa mostra a costa ocidental da África, a costa oriental da América do Sul e a costa norte da Antártida.

3. Piri Reis não poderia ter obtido, com exploradores da época, informações sobre esta última região, uma vez que a Antártida permaneceu desconhecida até 1818, mais de 300 anos depois de ele ter desenhado o mapa.

4. A costa livre de gelo da Terra da Rainha Maud mostrada no mapa constitui um quebra-cabeça colossal, uma vez que a prova geológica confirma que a data mais recente em que poderia ter sido inspecionada e mapeada,em um estado de ausência de gelo, foi no ano 4000 a.C.



O mapa e suas corretas correlações com mapas modernos da América do Sul e da costa Leste do Brasil

5. Não é possível fixar exatamente a data mais antiga em que esse trabalho poderia ter sido feito, embora pareça que o litoral da Terra da Rainha Maud pode ter permanecido em condições estáveis, sem glaciação, pelo menos durante 9.000 anos antes que a calota polar em expansão a engolisse inteiramente.

6. A história não conhece civilização que tivesse capacidade ou necessidade de efetuar o levantamento topográfico da linha costeira no período relevante, entre os anos 13000 a.C. e 4000 a.C.

Em outras palavras, o verdadeiro enigma desse mapa de 1513 não está tanto no fato de ter incluído um continente que só foi descoberto em 1818, mas em mostrar parte da linha costeira desse mesmo continente em condições de ausência de gelo, que terminaram há 6.000 anos e que desde então não se repetiram. De que maneira podem ser explicados esses fatos? Piri Reis, cortesmente, fornece–nos a resposta em uma série de notas escritas do próprio punho, no próprio mapa.

Confessa ele que não foi o responsável pelo trabalho inicial de levantamento topográfico e pela cartografia. Muito ao contrário, admite que seu papel foi simplesmente o de compilador e copista e que o mapa baseia-se em grande número de mapas básicos. Alguns deles foram desenhados por exploradores contemporâneos ou quase contemporâneos (incluindo Cristóvão Colombo) que, por essa época, haviam chegado à América do Sul e ao Caribe, embora outros fossem documentos cujas datas retroagiam ao século IV a.C. ou mesmo antes.

Piri Reis não deixou qualquer sugestão sobre a identidade dos cartógrafos que haviam produzido os mapas mais antigos.

Em 1963, contudo, o professor Hapgood propôs uma solução nova e instigante para o problema. Argumentou ele que alguns mapas básicos que o almirante usara em especial os que se supunha terem sido produzidos no século IV a.C., haviam se baseado em fontes ainda mais antigas, que, por seu lado, teriam se baseado em fontes básicas de uma época ainda mais recuada na antiguidade. Havia, afirmou ele, prova irrefutável de que a terra fora extensamente mapeada, antes do ano 4000 a.C., por uma civilização até então desconhecida e ainda não descoberta, dotada de alto grau de progresso tecnológico.

Parece [concluía ele] que informações exatas foram transmitidas de um povo a outro. Ao que tudo indica, as cartas tiveram forçosamente origem em um povo desconhecido, tendo sido passadas adiante, talvez pelos minoanos e os fenícios, famosos, durante mil anos ou mais, como os maiores navegadores do mundo antigo. Temos prova de que, reunidos e estudados na grande biblioteca de Alexandria [Egito], compilações dos mesmos foram feitas por geógrafos que lá estudaram.

Com início em Alexandria, de acordo com a reconstrução de Hapgood, cópias dessas compilações e alguns mapas básicos originais foram levados para outros centros de saber – notadamente Constantinopla. Finalmente, quando Constantinopla foi ocupada pelos venezianos durante a IV Cruzada, em 1.204, os mapas começaram a chegar às mãos de marinheiros e aventureiros europeus.

A maioria desses mapas era do Mediterrâneo e do mar Negro. Sobreviveram, porém, mapas de outras áreas. Incluíam eles mapas das Américas e dos oceanos Ártico e Antártico. Torna-se claro que os antigos exploradores viajavam de um pólo a outro. Inacreditável como possa parecer, a prova, ainda assim, indica que alguns povos antigos exploraram a Antártida quando suas costas estavam livres de gelo. É claro, também, que dispunham de um instrumento de navegação para determinar acuradamente as longitudes que era imensamente superior a qualquer coisa possuída pelos povos dos tempos antigos, medieval ou moderno até a segunda metade do século XVIII.

Essa prova, de que houve uma tecnologia desaparecida, sustenta e dá credibilidade a numerosas outras hipóteses sobre uma civilização perdida, em tempos remotos. Estudiosos conseguiram refutar a maioria das alegadas provas, mostrando que eram apenas mitos, mas aqui temos prova que não pode ser refutada. A prova requer que todas as demais provas apresentadas no passado sejam reexaminadas com mente aberta.



O mapa mostra a costa ocidental da África, a costa oriental da América do Sul, parte do Caribe e a costa norte da Antártida e suas ilhas.

“A despeito do respeitado endosso de Albert Einstein (ver a seguir) e não obstante o reconhecimento posterior de John Wright, presidente da Sociedade Geográfica Americana, de que Hapgood “formulou hipóteses que exigem mais exames”,  nenhuma pesquisa científica ulterior foi realizada sobre esses antigos e estranhos mapas.

Além do mais, longe de ser aplaudido por dar uma nova e séria contribuição ao debate sobre a antiguidade da civilização humana, Hapgood, até sua morte, foi esnobado pela maioria de seus colegas, que vazaram a discussão a que lhe submeteram a obra no que alguém descreveu acuradamente, como “sarcasmo flagrante e injustificado, escolhendo aspectos banais e fatores não suscetíveis de verificação como bases para condenação, procurando, dessa maneira, evitar as questões básicas”.

Um Homem à frente de seu Tempo

O falecido Charles Hapgood ensinou história da ciência no Keene College, New Hampshire, Estados Unidos. Ele não era geólogo nem historiador da antiguidade. É possível, no entanto, que gerações futuras lembrem-se dele como o homem que abalou os alicerces da história mundial – e também de um grande pedaço da geologia. Albert Einstein foi um dos primeiros a compreender esse fato, quando deu o passo sem precedentes de contribuir com o prefácio para um livro de Hapgood escrito em 1953, alguns anos antes de ele iniciar a investigação do mapa de Piri Reis:

“Freqüentemente, recebo comunicações de pessoas que querem me consultar sobre idéias suas ainda inéditas [escreveu Einstein]. Dispensa dizer que só raramente tais idéias têm validade científica. A primeira comunicação que recebi do Sr. Charles Hapgood, porém, deixou-me eletrizado. Sua idéia é original, de grande simplicidade e – se continuar a ser provado que tem validade – de grande importância para tudo aquilo que se relaciona com a história da superfície da terra.”

A “idéia” expressada no livro de 1953 de Hapgood é uma teoria geológica global, que explica elegantemente como e por que grandes regiões da Antártida permaneceram livres de gelo até o ano 4000 a.C., juntamente com numerosas outras anomalias encontradas na ciência da Terra. O argumento, em suma, é o seguinte:

Durante esse suposto movimento da Antártida na direção sul, ocasionado pelo deslocamento da crosta terrestre, o continente tornou-se gradualmente mais frio, formando-se uma calota polar que se expandiu irresistivelmente durante milhares de anos, até chegar às atuais dimensões.

Detalhes adicionais da prova que sustenta essas idéias radicais constam da Parte VIII deste livro. Geólogos ortodoxos, no entanto, permanecem relutantes em aceitar a teoria de Hapgood (embora ninguém tenha provado que ela estava errada). E a teoria provoca numerosas perguntas.
Entre elas, a mais importante é a seguinte: que mecanismo concebível poderia exercer uma força suficiente sobre a litosfera para precipitar um fenômeno de tal magnitude, como o deslocamento da crosta?
Ninguém melhor como guia do que Einstein para sumariar as descobertas de Hapgood:

Nas regiões polares, há uma acumulação constante de gelo, mas não distribuída simetricamente em torno do pólo. A rotação da terra atua sobre essas massas assimetricamente depositadas e produz momento centrífugo, que é transmitido à crosta rígida da terra. O momento centrífugo, em aumento constante, produzido dessa maneira, dará origem, quando atingir um certo ponto, a movimento da crosta da terra por cima do resto do corpo do planeta …

O mapa de Piri Reis parece conter prova adicional surpreendente em apoio da tese de uma glaciação geologicamente recente de partes da Antártida, em seguida a um súbito deslocamento (ele realmente aconteceu, com cerca de três mil quilômetros), na direção sul, da crosta terrestre. Além do mais, uma vez que esse mapa só poderia ter sido desenhado antes do ano 4000 a.C., são notáveis suas implicações para a história da civilização humana. Supostamente, antes do ano 4000 a.C. não havia qualquer civilização segundo todos os eruditos de todas as disciplinas ensinadas em todas as universidades do planeta!!. Correndo algum risco de uma simplificação excessiva, o consenso acadêmico (e imbecilizante) é, em termos gerais, o seguinte:

– A civilização atual desenvolveu-se inicialmente no Crescente Fértil do Oriente Médio.

– Esse desenvolvimento começou após o ano 4.000 a.C. e culminou no aparecimento das mais antigas civilizações autênticas (Suméria e Egito), por volta do ano 3.000 a.C., seguido logo depois por outras civilizações no vale do Indo e na China.

– Um dos calendários mais antigos é o do povo Hebreu que principia em setembro de 3.761 a.C., que marca o início da história do povo hebreu.

– Cerca de 1.500 a.C. a civilização decolou espontânea e independentemente (??) nas Américas.

– Desde o ano 3.000 a.C. no Velho Mundo (e mais ou menos no ano 1.500 no Novo Mundo), a civilização “evoluiu” ininterruptamente na direção de formas cada vez mais refinadas, complexas e produtivas.

Em conseqüência, e especialmente em comparação com a nossa, todas as civilizações antigas (e todas as suas obras) devem ser compreendidas como essencialmente primitivas (os astrônomos sumerianos sentiam pelos céus um respeito anti-científico e até as pirâmides do Egito e no Yucatan, no México, teriam sido construídas por “primitivos com conhecimentos tecnológicos”). A prova, sob a forma do mapa de Piri Reis, parece desmentir tudo isso.

Piri Reis e suas Fontes:
Nos seus dias, Piri Reis foi figura bem conhecida. Não há a menor dúvida sobre sua identidade histórica. Almirante na marinha de guerra dos turcos otomanos participou, em meados do século XVI, não raro no lado vencedor, de numerosas batalhas navais. Era, além disso, considerado especialista nas terras do Mediterrâneo, e escreveu um livro de navegação famoso, o Kitabi Bahriye, onde constava uma descrição completa das costas, ancoradouros, correntes, baixios, pontos de desembarque, baías e estreitos dos mares Egeu e Mediterrâneo. A despeito de uma carreira ilustre, caiu no desagrado de seus senhores e foi decapitado no ano 1554 ou 1555 d.C.

Os mapas básicos usados por ele para desenhar o mapa de 1513 estiveram, com toda probabilidade, arquivados inicialmente na Biblioteca Imperial, em Constantinopla, à qual se sabe que o almirante tinha acesso privilegiado. Essas fontes (que podem ter sido trazidas ou copiadas de centros de saber ainda mais antigos) não existem mais ou, pelo menos, não foram encontradas. Não obstante, foi na biblioteca do velho Palácio Imperial que, em data tão recente quanto 1929 alguém redescobriu o mapa de Piri Reis, pintado em pele de gazela e enrolado, em uma empoeirada prateleira.



Acima: Outro mapa de Piri Reis de 1513, com o Norte da África, Europa, Mar Mediterrâneo e suas ilhas, o Mar Negro, o Oriente Médio, o Mar Vermelho e parte da Ásia.

Legado de uma Civilização Perdida? Seria ATLÂNTIDA?

Como o confuso Ohlmeyer reconheceu na carta escrita a Charles Hapgood em 1960, o mapa de Piri Reis mostrava a topografia subglacial, o verdadeiro perfil da Terra da Rainha Maud, na Antártida, por baixo do gelo. Esse perfil permaneceu inteiramente oculto desde o ano 4000 a.C. (quando foi coberto pelo lençol de gelo em expansão) até ser revelado, mais uma vez, como resultado de extenso levantamento sísmico da região, efetuado em 1949 por uma equipe científica de reconhecimento britânico-sueca.

Se Piri Reis tivesse sido o único cartógrafo com acesso a essas informações anômalas, seria errôneo dar qualquer grande importância ao mapa. No máximo, poderíamos dizer: “Talvez ele seja importante, mas, também, talvez seja apenas uma coincidência”. O almirante turco, porém, não foi o único a ter acesso a esse conhecimento geográfico aparentemente impossível e inexplicável. Seria inútil especular ainda mais do que Hapgood já fez, isto é, se a “corrente subterrânea” poderia ter conduzido e preservado esse conhecimento através das idades, transmitindo fragmentos dele de uma cultura a outra, de uma época a outra.

Qualquer que tenha sido o mecanismo, o fato é que um bom número de outros cartógrafos aparentemente tomou conhecimento dos mesmos curiosos segredos. Seria possível que todos esses cartógrafos tivessem compartilhado, talvez sem saber, do abundante legado científico de uma civilização desaparecida?